O Equinócio da Primavera, Ostara, marca o equilíbrio da luz e e da escuridão (dia e noite) celebrado entre 20 a 23 de Março no Hemisfério Norte. Acredita-se que muitos são os monumentos megaliticos alinhados nesta altura para o nascimento do Sol, despertando a Terra no seu adormecimento, manifestando a Primavera, ou na lingua dos passaros, a Verdade Primeira.
Outros nomes que se referem a este evento incluem: Eostre (nome Saxônico da Deusa da fertilidade e renascimento), Dia da Senhora, Alban Eilir (Druida/Galês), Mean Earraigh (Gaélico Irlandês), e a Ascensão da Deusa (em muitas culturas).
Ostara é cosiderado por muitos neo-pagãos como o início da época do mito cíclico (da Deusa e do Deus) no qual a Deusa ascende e devolve mais uma vez ao mundo a vida e a vitalidade. O Deus jovem e viril faz a corte à recém Deusa ressurgida no momento do equilíbrio cósmico, a fertilidade da terra é celebrada e a esperança das colheitas é restabelecida.
O significado mítico de Ostara na Tradição Silvestre relaciona-se com o despertar puro dos aspectos ocultos de si mesmo em resposta dos primitivos e originais sentimentos do reino físico, o qual é a manifestação do Espírito.
Eostre ou Ostera
É a deusa da fertilidade do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica representando essas mesmas forças na Terra. No seu nome antigo significa "a Deusa da Aurora", "Aquela que Brilha". É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão Ostara que terá dado origem à celebração da Pascoa (Easter), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs.
Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase da “gravidez” da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.)
Eostre porém na sua origem anglo-saxã provinnha do advérbio Ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, certamente associado ao regresso dos dias solarengos.
Relacionada com a Deusa grega Eos, Deusa do Amanhecer na mitologia grega. Alguns historiadores dizem que Ela é meramente uma das várias formas de Frigg, deusa indo- européia – esposa de Odin), no seu aspecto jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam a Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.
Eostre simboliza assim o carácter fecundo e regenerador resultante da união entre o Sol e a Terra.
Na Primavera, as lebres e ovos coloridos eram os símbolos de fertilidade e renovação a Ela associados.
A Lebre encarna o principio da fecundidade, reproduzindo-se em grande numero e celeridade. Sendo este o principio masculino fertilizador.
O ovo como o principio da geração, de uma maneira primordial, com uma polaridade feminina, nutridora e geradora, de onde originou toda a vida segundo as antigas tradições.
Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar as Divindades Solares.
Voo Nocturno,
Mandrágora, O Almanaque Pagão 2012